sábado, 3 de novembro de 2018

Pense um pouco


Esta é mais uma daquelas postagens sobre reflexão. Talvez eu tenha uma certa queda sobre pensar em como a vida segue, seguiu e seguirá o seu rumo. 
Faz um tempinho que eu não escrevo e neste meio tempo deu para sentir como é difícil manter um blog. O fato de ter de parar para organizar as ideias é bem trabalhoso, mas minha mente não me deixa descansar enquanto algo do que está dentro dela estiver registrado em algumas linhas. Por isso estou aqui, sentado de cueca em frente ao computador, no limite entre o sono e a vontade de escrever.

A coisa que mais ocupa minha cabeça é questão existencialista. Quem somos, qual o sentido da vida, qual a razão desta corrida, enfim aquelas perguntas que para muitos não há respostas. Não importa qual a sua crença, esta questão um dia irá passear na sua mente. Na minha parece que fez morada.
É inevitável pensar que nesta corrida que é a vida, muitos de nós ficaremos pelo caminho. Alguns chegarão lá, mesmo que não se saiba exatamente onde é "lá". Mas ainda assim vivemos como se fossemos viver para sempre, como que programados para eternidade onde algo deu muito errado neste processo. Por isso vivemos com toda esta fé de que alcançaremos a velhice, a aposentadoria, que brincaremos com os nossos netos, mesmo sabendo o quão é incerto é viver.
Fazemos planos, deixamos para depois e procrastinamos tudo o que for possível, na esperança de que nos sejam dados acréscimos afim de resolver estas pendencias. Mas a vida passa e passa rápido. Tanto para você que está começando a vida agora, quanto para aquele que está na metade. Aliás, temos uma estranha maneira de mensurar a vida, como se todos nós fossemos viver dentro da faixa de expectativa de vida que hoje no Brasil é algo em torno dos 75 anos. Para aquele que viver até lá, os 35 são apenas uma metade do que ele tem pela frente. Mas o que dizer do indivíduo que viverá somente 35 anos? Ele pode estar no seu último ano de vida e nem sabe. Neste caso, pouco importam seus planos futuros, a chateação com a esposa, a briga com o vizinho. Ele tem mais é que relevar tudo isso e se importar com o que realmente vale a pena. Seus aportes agressivos, sacrificando sua vida atual seria uma tremenda perda, assim como todo o seu tempo gasto em atividades fúteis, que minam seu escasso tempo.
Não estou afirmando que com isso devamos viver irresponsavelmente, mas reitero que o equilíbrio e ponderação devem ser respeitados. O seu melhor deve ser dado hoje, mesmo que não tenha tempo de finalizar. Cada dia conta e se por acaso, no processo de aportes, da dieta, do projeto de uma vida nova, sua vida lhe for tirada, restará a paz de ter feito o melhor, de ter perdoado ao invés de se irar, de ter amado de verdade ao invés de desprezar, de ter elogiado alguém sinceramente ao invés de dizer palavras duras.
O mundo já é duro demais e já tem pessoas suficientes para te garantir um péssimo dia. Quebre este paradigma e seja o bom dia no dia de alguém e no seu próprio. Se dê o luxo de gastar um pouco do que tem, viva mais um pouco além daqueles padrões que a sociedade lhe impõe acerca de felicidade. Aproveite as pequenas coisas da vida, seja um pôr do sol ou um banho de mangueira com o seu filho. E mesmo correndo o risco de ser piegas, seja a melhor versão  de si mesmo, faça o melhor com o que tem disponível e  carpe diem.

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