domingo, 27 de janeiro de 2019

Perdido

Final de ano, novas resoluções. Infelizmente eu gostaria de estar escrevendo que aumentei os aportes ou coisa do tipo, mas...não. Acabei sacando tudo!
Muita coisa acontecendo e como resolvi aportar mesmo com algumas coisas pendentes, elas acabaram me dando uma rasteira. Felizmente não gastei tudo, mas aquela velha frase "Dinheiro na mão é vendaval" anda ecoando.
Agora vou ter de dar duro para colocar tudo nos eixos, recuperar a mão de cartas boas. Tô sem saco pra escrever e no momento estou com umas ideias paara mudar o rumo este ano.
Só passei pra cumprir a meta mensal. Talvez edite isso.

sábado, 29 de dezembro de 2018

Merry christmas

Final de ano dificil. 
Apesar de mais receita, nenhum aporte, fico triste em dizer isso.
Agora analisando friamente, posso concluir que eu me sabotei. Eu ia escrever que aconteceram várias coisas e por isso não aportei, mas no fundo eu só queria enganar vocês porque não consigui me convencer disso. 
Os planos também alteraram por questão de meses e ainda se vacilar, terei de sacar um pouco do poupado também. Tudo por causa do carro que me obrigou a gastar um dinheiro considerável em manutenção e as parcelas acabaram furando meu orçamento. 
O lazer, que tanto vejo furando os orçamentos dos meus concidadãos blogueiros, tomou parte nesta vilania jogando a ultima pá de cal neste descontrole. Mas de algum modo eu me sinto feliz por isso, pois me lembra de que sou humano e ainda lembro da importância da convivência social.
Lembrando que o dinheiro é um péssimo senhor e um ótimo escravo, muito dos meus planos mudaram abruptamente, o que mudará consideravelmente a minha capacidade de aportar.
Decidimos (eu e minha esposa) que ela deixará de trabalhar fora no primeiro trimestre do novo ano. Não, eu não sou rico e não ganho rios de dinheiro. Mas tenho percebido que não temos dedicado tempo de qualidade em criar nosso filho. Esta decisão afetará o orçamento em R$ 1.100,00 a menos e gerará uma despesa mensal a mais para mim de R$ 1.900,00.
Como hoje pago sozinho todas as despesas mensais, ela tem liberdade para decidir como gastar o salário dela, que muitas vezes é utilizado em coisas do lar. Só que eu entendo que a liberdade de se ter o próprio salário sem ter de pedir ou se explicar como será gasto não pode ser subtraída, logo pagarei o salário dela com todos os benefícios que hoje percebe. Considero isso um custo de oportunidade, pois a educação (familiar) do nosso filho não estará delegada a terceiros.
Foi uma decisão muito difícil, porem acertada pois isso afetará muito a maneira como vivemos para melhor.
O rendimento segundo a planilha do adp segue abaixo sem muita novidade:



Pretendo fazer uma compensação logo após pagar as parcelas, no intuito de garantir  fechamento anual estimado.

domingo, 4 de novembro de 2018

Resenha geral

Dando uma passada rápida para dar uma atualizada no contexto geral segundo alguns moldes que eu tenho visto pela blogosfera:

Finanças: Segue o fluxo. Continuo aportando mas sem agressividade, pois há paralelamente despesas rolando que acabam definindo o valor dos aportes. Neste último mês necessitei fazer uma retirada para cobrir gastos em uma viagem de trabalho, que será reembolsada este mês. Portanto não considerarei a retirada, já que o reembolso cobre inclusive os juros do período. Continuo no plano de reserva de emergência, que este ano deve terminar com 2 mil na conta.

Saúde: Tive um susto. Uma dor estranha me levou ao hospital e me alertou para a necessidade de voltar ás atividades físicas. Como possuo histórico de cardíacos na família, atenção redobrada. Mesmo assim, ainda não levantei uma palha neste sentido. A preguiça me tomou de um jeito, que a ultima atividade que fiz, foi há quatro meses. Pretendo voltar esta semana.

Trabalho: Estou focando na possibilidade de mudança de ambiente. Recebi uma proposta de troca que ainda que não pareça muito vantajosa pra mim, vale a pena pela mudança de ares. Em janeiro começo um novo projeto visando a promoção.

Família: Ando preocupado com meu desempenho como pai. Não que eu esteja sendo um mau pai, mas é sobre os métodos de criação que estou seguindo. Não há uma noite em que eu não faça um balanço de como eu agi com meu pequeno, se foi produtivo ou não, se agi certo ou deveria agir de outra maneira. Infelizmente não existe um manual sobre como criar filhos e cada ser humano é único em alguns aspectos. E ainda convivo com a sombra de como fui criado, esperando não cometer os mesmos erros.

Vida espiritual: Talvez a mais importante de todos os aspectos e também a mais desprezada. Ultimamente ando dividido quanto ao que devo fazer e o que efetivamente faço. Sei exatamente onde erro, mas a dualidade de emoções tem me deixado confuso. Continuo me relacionando mentalmente com o criador, esperando externar aquilo que eu quero, mas não é tao fácil. Como este é um tópico bem complexo, vou me limitar a escrever somente estas linhas.

Vida sentimental: Não existe, sou casado kkkkkkk! Brincadeiras á parte, sempre procuro manter o relacionamento por perto, evitando que algumas coisas simplesmente desapareçam. Não existe coisa pior do que um casamento em que o casal se obriga a ficar junto por causa de alguma coisa que não seja a livre e espontânea vontade e amor. É inevitável que algumas chateações não aconteçam, então já tive a minha cota mensal. No mais, segue tranquilo.

Quanto ao resto, segue normal e estou procurando me livrar de alguns fardos, tal como escrevi no ultimo post sobre reflexão. Me livrando de alguns padrões, aproveitando as pequenas coisas da vida e fazendo o meu melhor com o que tenho.

sábado, 3 de novembro de 2018

Pense um pouco


Esta é mais uma daquelas postagens sobre reflexão. Talvez eu tenha uma certa queda sobre pensar em como a vida segue, seguiu e seguirá o seu rumo. 
Faz um tempinho que eu não escrevo e neste meio tempo deu para sentir como é difícil manter um blog. O fato de ter de parar para organizar as ideias é bem trabalhoso, mas minha mente não me deixa descansar enquanto algo do que está dentro dela estiver registrado em algumas linhas. Por isso estou aqui, sentado de cueca em frente ao computador, no limite entre o sono e a vontade de escrever.

A coisa que mais ocupa minha cabeça é questão existencialista. Quem somos, qual o sentido da vida, qual a razão desta corrida, enfim aquelas perguntas que para muitos não há respostas. Não importa qual a sua crença, esta questão um dia irá passear na sua mente. Na minha parece que fez morada.
É inevitável pensar que nesta corrida que é a vida, muitos de nós ficaremos pelo caminho. Alguns chegarão lá, mesmo que não se saiba exatamente onde é "lá". Mas ainda assim vivemos como se fossemos viver para sempre, como que programados para eternidade onde algo deu muito errado neste processo. Por isso vivemos com toda esta fé de que alcançaremos a velhice, a aposentadoria, que brincaremos com os nossos netos, mesmo sabendo o quão é incerto é viver.
Fazemos planos, deixamos para depois e procrastinamos tudo o que for possível, na esperança de que nos sejam dados acréscimos afim de resolver estas pendencias. Mas a vida passa e passa rápido. Tanto para você que está começando a vida agora, quanto para aquele que está na metade. Aliás, temos uma estranha maneira de mensurar a vida, como se todos nós fossemos viver dentro da faixa de expectativa de vida que hoje no Brasil é algo em torno dos 75 anos. Para aquele que viver até lá, os 35 são apenas uma metade do que ele tem pela frente. Mas o que dizer do indivíduo que viverá somente 35 anos? Ele pode estar no seu último ano de vida e nem sabe. Neste caso, pouco importam seus planos futuros, a chateação com a esposa, a briga com o vizinho. Ele tem mais é que relevar tudo isso e se importar com o que realmente vale a pena. Seus aportes agressivos, sacrificando sua vida atual seria uma tremenda perda, assim como todo o seu tempo gasto em atividades fúteis, que minam seu escasso tempo.
Não estou afirmando que com isso devamos viver irresponsavelmente, mas reitero que o equilíbrio e ponderação devem ser respeitados. O seu melhor deve ser dado hoje, mesmo que não tenha tempo de finalizar. Cada dia conta e se por acaso, no processo de aportes, da dieta, do projeto de uma vida nova, sua vida lhe for tirada, restará a paz de ter feito o melhor, de ter perdoado ao invés de se irar, de ter amado de verdade ao invés de desprezar, de ter elogiado alguém sinceramente ao invés de dizer palavras duras.
O mundo já é duro demais e já tem pessoas suficientes para te garantir um péssimo dia. Quebre este paradigma e seja o bom dia no dia de alguém e no seu próprio. Se dê o luxo de gastar um pouco do que tem, viva mais um pouco além daqueles padrões que a sociedade lhe impõe acerca de felicidade. Aproveite as pequenas coisas da vida, seja um pôr do sol ou um banho de mangueira com o seu filho. E mesmo correndo o risco de ser piegas, seja a melhor versão  de si mesmo, faça o melhor com o que tem disponível e  carpe diem.

sábado, 6 de outubro de 2018

Bicicleta, raízes e dinheiro



Normalmente quando penso em escrever, me vêm muitas lembranças e a maioria são tristes. 
Não consigo evita-las pois simplesmente acontecem, brotam no pensamento repentinamente e com a mesma velocidade se vão. Não quero parecer melancólico ou choroso, mas gostaria de ser o mais transparente aqui sobre as vivências que me tornaram esta pessoa que vos escreve.

Sou filho de uma família de três irmãos e como se pode imaginar, as condições de vida de uma família assalariada com uma renda baixa não é das melhores. Some-se a isso o descontrole financeiro e uma pitada de vicio.
Minha vida não foi uma desgraça como muitos pintam as suas por aí, mas confesso que tive alguns baixos. Normalmente situações que são comuns para a maioria, na minha vida exigia um esforço quase descomunal que quase sempre se traduzia em frustração.

Lembro de quando na infância eu e meu irmão pedimos a nosso pai uma bicicleta e de como no passar dos anos as promessas iam se renovando sem nunca ser cumprida. Cansados e já desacreditados de recebe-la, resolvemos montar uma peça por peça. No fim, conseguimos monta-la e com 15 reais recebidos do nosso pai, compramos as rodas que estavam faltando. A magrela mais quebrava do que rodava, por isso andávamos com uma chave de roda no bolso no caso dela quebrar no meio do caminho, o que quase sempre acontecia.
Não demorou muito para que meu velho nos proibisse de andar nela com a desculpa de que eu tinha atropelado o filho do vizinho (o que em parte aconteceu por falta de freios que ainda não tínhamos comprado).

A bicicleta depois de montada parecia mais com isso aqui.

Apesar de ser um homem forte, com senso de humor apurado, boa conversa e otimismo, eu podia sentir a frustração do meu pai diante de situações que exigiam o que ele não podia nos dar. Grande parte por causa do descontrole financeiro e do vicio, já que geralmente eram coisas simples e que podiam no mínimo serem parceladas.

Antes desta empreitada da confecção da magrela, num destes dias de pagamento o interpelamos ainda bêbado, sobre o nosso repetitivo desejo. Ele abriu a pochete e nos deu um maço de notas e disse que podíamos compra-la. Mais tarde quando minha mãe chegou do trabalho e o interrogou sobre o dinheiro dos mantimentos do mês, ele respondeu que nos deu para comprar a nossa bike e por causa disso comeríamos somente ovos o mês todo. Minha mãe nos chamou e nos explicou que não era deste jeito, que aquilo ia ter implicações, porque as contas não estavam pagas, e para piorar, ele já havia deixado uma boa quantia no boteco.Aquilo foi um duro golpe para nós e creio que para ele também, que vivia na impotência de não poder viver além das contas malmente pagas. Talvez tenha sido isso um motivador do ciclo do vício em bebidas.

O engraçado ou não, o fato é que eu acabei trilhando o mesmo caminho no tocante ao financeiro, pelo menos até agora. O que deveria ser um alerta sobre como não proceder, acabou virando escola para mim. Dividas e empréstimos se tornaram tão comuns na minha vida que nunca tive a sensação de como é receber meu salário e ver sobrar algo após pagar as contas. Passei tanto tempo nesta bola de neve que julgava até ser impossível se ter uma vida financeira saudável. A sensação de impotência que isso traz, as oportunidades que se deixa de aproveitar e a intranquilidade provam que a vida financeira é muito mais do que simplesmente dinheiro.  Não é a toa que uma pesquisa mostrou que 17% dos casais brigam por causa de dinheiro e este número aumenta para 23% se o casal tem contas em atraso.


Sinceramente não sei porque algumas pessoas tem uma vida aparentemente tranquila desde o início de suas carreiras no sentido financeiro e outras como eu, levam tanto tempo para se encontrarem. Acredito que a carência de uma educação voltada para isso faz com que sigamos o exemplo mais próximo que nem sempre é o mais indicado.
Não posso voltar no tempo, mas sei que posso escolher não fazer as mesmas escolhas ruins. Um proverbio zen diz: “a melhor época para se plantar uma árvore, foi há 20 anos atrás. A segunda melhor época é agora. ”

Para não deixar o lado concreto de fora, este mês fiz um aporte de R$ 292,04. O carro teve sua última parcela quitada e um empréstimo de quase R$ 500,00 teve sua última parcela debitada. Restam dois empréstimos que somam quase R$ 800,00. Parece muito e é,  mas no início deste ano, as parcelas totalizam em torno de R$2.200,00.
Continuarei com os aportes e quando eles alcançarem um valor suficiente para quitação, aproveitarei a oportunidade para solicitar o devido desconto e paga-los.


Como eu devia uma explicação sobre o tal cartão virtual, vamos lá:
Trata-se de um valor que eu alocarei com o objetivo especifico de fazer compras e ao invés de remunerar as empresas de cartão de credito, usarei os valores normalmente gastos em taxas para gerar rendimento. Exemplo, um valor limite de 3.000 mil reais com uma anuidade de 250 reais ao ano. Os 250 reais seriam investidos ao invés de irem para o bolso de financeiras. No caso de uma compra no valor de 3.000 reais, que admite parcelamento em 10 vezes de R$ 300,00 sem juros ou 12 vezes de R$ 320,00 com juros, porem á vista admite um desconto de 10%, o produto seria pago à vista; a diferença embolsada (R$ 300,00) iriam para investimento. O valor limite seria restaurado em 12 meses, considerando o valor de parcelamento com juros. Isso totalizaria um valor de R$ 1.140,00 sem contar a anuidade. A lógica é sempre pagar a vista, conseguindo um desconto para este tipo de pagamento e restaurando o valor do limite com base na parcela acrescentada de juros. Este valor sempre deverá ser realocado com este intuito, e a anuidade paga a mim mesmo compensa isso. Mantê-lo numa poupança para efeito de liquidez seria suficiente. Lembrando que não compensaria neste caso, ter nenhum tipo de cartão de empresas com anuidade.
Bom depois de tanto falar, fico por aqui. Keep going!


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O desespero do rato


Já me aventurei por muitos empreendimentos na busca de uma renda extra. Na maioria delas, não tive uma experiência muito satisfatória.
Porque uma coisa é buscar fazer algo que te dê prazer, tal como um hobby para ocupar o tempo ocioso. Outra é buscar uma segunda atividade que te dê retorno financeiro que valha a pena vender o escasso tempo de descanso.
Neste desespero, eu fiz trading futebolístico, uma atividade duvidosamente rentável em que a maioria só faz perder. O problema do trading não é perder e sim ganhar. Sim, pois quando ganha, o camarada se sente confiante para colocar mais dinheiro em jogo e aí meu caro, leva fumo. O psicológico do sujeito fica abaladíssimo e quando ele percebe, suas banca se esvaiu praticamente em um dia. 
É uma atividade  no qual quem estuda mais, se dedica mais, tem maior controle emocional e tem melhores estratégias, ganha. Me aventurei por menos de 15 dias e 
depois de 10 dias invicto, perdi praticamente tudo no 11° dia.

A outra aventura foi num destes empreendimentos de marketing multinível. Esta foi hard, merecia um filme. 
A empresa em questão, prometia bater de frente com a Netflix (olha a audácia destes caras) no segmento de filmes on demand, musica, tv show, em varias plataformas. Os interessados (leia-se otários), iriam financiar a empresa e os lucros iam retornando de forma que o acionista (otário) podia acompanhar pelo aplicativo. Os lucros eram diários e só poderiam ser sacados ás terças feiras. Só que aí meu caro, a empresa recém-nascida já tinha seu dia de óbito certo,  com sua cova pronta com lápide e tudo. Era um golpe daqueles bem armado.
O filho de rapariga tinha tudo tão bem arquitetado, que até divulgou entrevista com o suposto CEO da empresa e tudo antes do suposto lançamento oficial. Dá uma sacada:
O tal do "Joshua Moore" (CEO) é um ator contratado que deu a entrevista em inglês pra dar mais credibilidade ao negócio.
Nestes esquemas de pirâmide, normalmente são as mesmas caras, os mesmos caras  de pau, estelionatários de empresas como Bbom, Multiclick e afins, onde quem entra primeiro está no topo da pirâmide que não tarda em desabar. No meu caso, em menos de uma semana, eu já tinha colocado 4 pessoas, cada uma pagando 360 reais. A gente estava todo feliz, pois via no aplicativo, os dólares tilintando e ansiosos pela chegada da terça-feira. Só que no dia em questão, ao abrirmos a página da empresa nos deparamos com isso:
Soubemos na hora que tínhamos levado uma rasteira A partir daí, foi uma sucessão de mentiras, de uma corrida cinematográfica, do interesse repentino do gerente sênior em solucionar o caso e acabou dando em nada. Criaram um grupo para os lesados, mas sabe como é, deu em nada. Se eu tivesse conhecido o site Piramidation.com (que jánão está no ar),  isso não teria acontecido. Vocês conseguem visitar a página deles no Facebook ainda.

A outra foi uma atividade mais normal, porém bem trabalhosa.

Eu estava numa fase pendenga, bem ruim mesmo e tinha de arrumar um jeito de ganhar uns trocados. Me veio a idéia de vender salgados de festa. Como sei fazer e tenho prática, só faltava contabilizar os custos de produção e investimento, que era baixíssimo.
A estrutura era a minha própria cozinha e a mão de obra era minha mesma. Rendia exatos 100% de lucro líquido, um sonho para qualquer investidor. Só que como o produto era barato, isso não significava que eu nadaria em dinheiro.
Eu vendia o produto congelado, o que aumentava o prazo de validade do produto e diminuía o risco de perdas. A entrega era comigo também, assim como a confecção, a compra do material, a divulgação e todo o resto. Isso tudo depois de uma jornada exaustiva de trabalho e considerando que só começava a confeccionar só quando o meu filho, na época um bebê já estivesse dormindo.
Foi um período difícil, ao passar madrugadas confeccionando á mão um por um, assim como lidar com alguns clientes chatos e reclamões que queriam um produto do padrão "Perini" pagando uma merreca. Enrolei tanto salgado, que me dá até um troço encarar aquele salgadinho de festa e lembrar como ele foi feito.
O que ficou claro para mim com todas estas aventuras foi que não existe dinheiro fácil. Qualquer negócio que te ofereça lucros absurdos, que não seja tangível (produtos inexistentes) e que você não esteja suando o mínimo, cabe ao menos duvidar. O que mais vemos hoje são pessoas buscando ser ricas a qualquer preço, esquecendo que sem o mínimo de esforço estão construindo um castelo na areia. E cair é só uma questão de tempo. 






domingo, 16 de setembro de 2018

O que influencia a sua relação com o dinheiro?

É desesperador e ao mesmo tempo satisfatório o fato de somente ter descoberto e atentado para educação financeira na faixa dos 30. Numa idade em que as pessoas estão no meio do caminho da independência financeira e alguns até no seu primeiro milhão, olhar para sua carteira e ver míseros trezentos e poucos me faz sentir um pouco pra baixo. Mas a pontinha de felicidade fica por conta de saber que pelo menos acordei e minha prole não cairá nesta ignorância que amarguei.

Nunca fui bom em juntar dinheiro, aliás nunca tive dinheiro. Mesada era algo que eu nem sonhava e me lembro a frustração que era ver a grande soma de dinheiro que meu pai deixava nos botecos por conta do desenfreado consumo de bebida alcoólica sem que ao menos um real pousasse na minha mão. Talvez esta inaptidão em lidar com o dinheiro tenha as raízes por aí. 


Não tive contato sequer com pouco dinheiro, então quando somas maiores tilintaram na minha conta eu não soube o que fazer. Foram sucessões de escolhas erradas. 


Já no primeiro ano do trabalho, recorri aos empréstimos com um motivo aparentemente justificável e nos anos seguintes eles se sucederam pelos mais diversos motivos. Lembro bem a sensação de empoderamento de se ter uma quantia considerável na conta de uma só vez. Você se sente como se diz por aí, "o rei da cocada preta". 
O contrário também acontece, quando a conta esvazia e ocorre a liquidação da primeira parcela: a de um mendigo que vendeu sua alma por 4 anos. A analogia mais fidedigna é a onda do viciado usando droga e a consequente depressão. Uma depressão por longos 48 meses.

Meu intuito aqui não é o de destilar derrotas ou parecer deprimente, mas confirmar que elas acontecem e as vezes podem parecer mais longas do que gostaríamos, porém elas não definem quem você será no final. Não é a primeira vez que traço planos de independência financeira, mas nunca consegui efetiva-los. Reconheço que alguns eram planos muito bons, mas tinham metas inalcançáveis para a minha realidade. 

Mas qual a diferença agora? Bom, primeiramente entendi que em uma empresa há pensamentos diferentes mas somente um pode ter o poder de decisão. Cada um deve desempenhar o papel que tenha mais afinidade desde que seja positivo para ambos. Minha esposa por exemplo, é muito boa em pechinchar produtos, sabe o preço de tudo, enquanto eu não sei nem o número das minhas cuecas (acredite, ela quem compra, pois não sei o tamanho certo) mas não é tão boa gestora. Concordar com ela em algumas coisas me levou a tomar decisões erradas algumas vezes. 

Não ceder pode ser desgastante, mas quando se tem um bom plano, resolver isso democraticamente não é uma opção. Organizei praticamente as despesas do ano todo e estabeleci pequenas metas alcançáveis, que trarão um pouco de satisfação e darão força para seguir adiante. Algumas destas metas incluem não utilizar o salário dela nas despesas mensais (meta alcançada), aportar 30% de rendas extras, usar no máximo 60% da renda nas despesas fixas, criar um fundo de emergência (em a construção), criar um cartão virtual (depois explico), além da meta de ter 100 mil em 4 anos.

Claro que este caminho não é engessado e algumas mudanças acontecerão porém, as metas não são negociáveis e não cabe um retrocesso.

Muito do meu descontrole financeiro estava ligado a questões sentimentais, comportamentais e até religiosas. Uma vez li no blog do pobretão, um artigo que ele falava sobre o fato de se sentir inferior e pobre mesmo tendo mais de 400 mil na conta e uma renda de 8.500 reais por mês. Curioso não? Dá uma chegada lá e confere esta história.  É exatamente assim que eu me sentia quando tinha de ficar em casa num final de semana mesmo com uma quantia suficiente para um happy weekend na poupança. Qualquer quantia extra (que quase nunca sobrava) me fazia sentir no direito de me recompensar e usufruir deste dinheiro ao invés de poupar e pensar em como mudar este cenário triste. 

Mas talvez o motivo que mais impactou a minha vida financeira, foi a questão religiosa. Fielmente, eu destinava 10% de toda a minha renda bruta a uma instituição religiosa (isso mesmo, bruta!). Independentemente se a conta iria fechar ou não, todo mês antes mesmo de pagar qualquer coisa, já separava este valor. Imagina aí o descontrole que gerava: a quantia que faltava, geralmente era debitada no cartão de credito e assim a bola de neve crescia. Foram anos a fio nesta situação até que graças a Deus fui liberto deste sistema que existe somente para manter carros luxuosos de pastores e seus helicópteros, além de templos inúteis destinados a arrecadar mais dinheiro. Mas são águas passadas e espero ter agora outros referenciais de como lidar com as finanças e alcançar um patamar financeiro que eu julgava ser impossível.
E você, o que influencia a forma como lida com as finanças?



P.S: Quantos ás finanças neste mês de setembro, fiz um aporte fraco de R$ 96,81 só para não perder o costume enquanto ainda estou equilibrando minhas contas. A Selic está em baixa e por incrível que pareça, a poupança está quase pau a pau com o tesouro Selic.




   

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